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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Ministro da Saúde anuncia medidas para fortalecer Santas Casas e Hospitais Filantrópicos

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anuncia nesta quinta-feira (1º) medidas que vão fortalecer e qualificar os serviços oferecidos pelas entidades filantrópicas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). As medidas serão divulgadas durante o encerramento do 26ª Congresso de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, em Brasília.
Anúncio de medidas para fortalecimento das entidades filantrópicas
Data: 1º de setembro (quinta-feira)
Horário: 15h30
Local: Hotel Nacional – SHS, Qd 1, Bl A - Asa Sul, Brasília (DF)

II Colóquio Brasil-Cuba de formação em Saúde Pública, em Havana, Cuba

MARIA ALICE PESSANHA DE CARVALHO, Pesquisadora em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, FREDERICO PERES DA COSTA, Tecnologista em Saúde Pública e Vice-Diretor da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca e MARCO ANTONIO CARNEIRO MENEZES, Tecnologista em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca de participarão do Estágio Internacional em Atenção primária, assim como, do II Colóquio Brasil-Cuba de formação em Saúde Pública, em Havana, Cuba, no período de 03/09/2016 a 01/10/2016, inclusive trânsito.

ZIKA - ANA MARIA BISPO DE PILIPPIS e WILSON SAVINO pesquisadores da Fiocruz participarão de eventos no Japão e no Reino Unido, respectativamente

ANA MARIA BISPO DE FILIPPIS, Pesquisadora em Saúde Pública do Instituto Oswaldo Cruz, SIAPE nº 463009, com a finalidade de participar e ministrar palestra sobre Zika, Chikungunya no Brasil, além de discutir o desenvolvimento de projetos de pesquisa na área de atuação, em Sapporo, Japão, no período de 15/09/2016 a 24/09/2016, inclusive trânsito

WILSON SAVINO, Diretor e Pesquisador em Saúde Pública do Instituto Oswaldo Cruz, SIAPE nº 0465088, com a finalidade de participar de Reunião Internacional sobre Zika Vírus na sede da Wellcome, em Londres, Reino Unido, no período de 25/09/2016 a 28/09/2016, inclusive trânsito, com ônus limitado, vencimentos mantidos.

Mais Médicos faz reposição de 376 profissionais brasileiros

Candidatos inscritos e não selecionados poderão escolher municípios para as 126 vagas da 2ª chamada. Pelo texto aprovado no Congresso, brasileiros formados no exterior podem se inscrever independente do país de atuação

Mais 376 profissionais brasileiros começaram a atuar em todas as regiões do país por meio do Programa Mais Médicos. A atuação desses participantes levará assistência a mais de um milhão de pessoas. Os médicos foram selecionados na primeira chamada do edital de reposição, publicado em julho deste ano. Os profissionais com CRM do Brasil que não conseguiram ser alocados terão nova chance de ingresso no Programa.

Os candidatos inscritos poderão escolher entre as 121 cidades que contam, conjuntamente, com 126 vagas remanescentes. Os médicos têm entre esta quarta-feira (31) e quinta-feira (1º) para optar pelos municípios, via osistema de gerenciamento do Mais Médicos.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, enfatiza a importância de se dar nova oportunidade para os médicos com registro no país. “Nós já preenchemos 75% das vagas com médicos brasileiros, mas, como algumas cidades são mais concorridas que outras, acontece de alguns médicos não conseguirem ser alocados em suas opções na primeira chamada”, explica. “É por isso que damos essa nova oportunidade – para que médicos nacionais possam escolher novamente. E é um compromisso da minha gestão incentivar ao máximo a presença dos médicos formados aqui”, completa.

O Ministério da Saúde garante a reposição constante de todas as desistências, por meio de editais trimestrais para preenchimento dessas vagas. Em todos os editais de reposição, entre 70% e 100% das vagas foram ocupados por médicos com registro no país. Já as vagas pertencentes à cooperação tornadas ociosas são preenchidas diretamente pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que trouxe, nesse mês de agosto, 1.200 médicos cubanos a país para reposição.


INTERCAMBISTAS – Os médicos brasileiros e estrangeiros formados no exterior interessados no Programa deverão se inscrever, por meio do sistema do Mais Médicos, até esta sexta-feira (2). Esses profissionais ocuparão eventuais vagas remanescentes da segunda chamada dos médicos com CRM do Brasil. Dessa forma, a escolha de municípios ocorrerá apenas após o final da fase atual dos brasileiros.

O edital já segue as regras da Medida Provisória 723/2016 aprovada pelo Congresso Nacional. O texto acolhido retira a exigência do índice médico/habitante do país de origem como critério classificatório para os brasileiros formados no exterior. Até então, só podiam participar médicos que atuavam em países com a proporção de profissionais superior que a do Brasil – 1,8 médicos por mil habitantes. Agora, os brasileiros podem se inscrever independente do país de atuação.

Neste momento, o objetivo da inscrição é adiantar o processo de análise dos documentos desses profissionais, realizada de forma criteriosa pela coordenação do Programa Mais Médicos. Os profissionais precisam apresentar os documentos exigidos no edital, como, por exemplo, comprovante de situação regular perante autoridade competente na esfera criminal do país em que está habilitado para o exercício da medicina no exterior, mediante documento expedido há no máximo dois anos, cópia do diploma de conclusão da graduação em medicina em instituição de ensino superior estrangeira, cópia do documento de habilitação para o exercício da medicina no exterior, acompanhado de declaração de situação regular, atestado pelo respectivo órgão competente – todos legalizados e acompanhados de tradução simples.


SOBRE O PROGRAMA – Criado em 2013, o Mais Médicos ampliou à assistência na Atenção Básica fixando médicos nas regiões com carência de profissionais. O programa conta com 18.240 médicos em 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), levando assistência para cerca de 63 milhões de pessoas. Somando com os residentes em Medicina de Família e Comunidade, esse número chega a 65 milhões de brasileiros beneficiados.

Além do provimento emergencial de médicos, a iniciativa prevê ações voltadas à infraestrutura e expansão da formação médica no país. No eixo de infraestrutura, o governo federal está investindo na expansão da rede de saúde. São mais de R$ 5 bilhões para o financiamento de construções, ampliações e reformas de 26 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Já as medidas relativas à expansão e reestruturação da formação médica no país, que compõem o terceiro eixo do programa, preveem a criação, até 2017, de 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil vagas de residência médica para formação de especialistas com o foco na valorização da Atenção Básica e outras áreas prioritárias para o SUS. Destas, já foram autorizadas 5.849 vagas de graduação e 7.782 vagas de residência.

Por Priscila Silva, da Agência Saúde


Crescente resistência aos antibióticos obriga alterações no tratamento recomendado para infecções sexualmente transmissíveis

Novas diretrizes terapêuticas para o tratamento de três infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) foram emitidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em resposta à crescente ameaça de resistência aos antibióticos. Clamídia, gonorreia e sífilis são causadas por bactérias e geralmente curáveis com antibióticos. No entanto, essas doenças muitas vezes não são diagnosticadas, tornando-se mais difíceis de tratar com alguns medicamentos que estão perdendo a eficácia devido a seu uso excessivo e à sua má utilização.

A estimativa é de que, a cada ano, 131 milhões de pessoas são infectadas com clamídia; 78 milhões com gonorreia; e 5,6 milhões com sífilis. 

A resistência dessas infecções sexualmente transmissíveis ao efeito dos antibióticos tem aumentado rapidamente nos últimos anos e reduzido as opções de tratamento. Das três doenças, a gonorreia foi a que desenvolveu a maior resistência aos medicamentos. Foram identificadas cepas de N. gonorrhoeae multirresistentes que não reagem diante de nenhum dos antibióticos existentes. A resistência aos antibióticos em casos de clamídia e sífilis, embora menos frequente, também existe, fazendo da prevenção e do tratamento precoce essenciais.  

Quando não identificadas e devidamente tratadas, essas ISTs podem provocar graves complicações e problemas de saúde em longo prazo para mulheres, como por exemplo doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica e aborto; se não tratadas, a gonorreia e a clamídia podem causar infertilidade tanto em homens quanto mulheres. A clamídia, a gonorreia e a sífilis também podem duplicar ou triplicar o risco de infecção pelo vírus HIV. Uma IST não tratada durante a gravidez aumenta também o risco de natimortos e morte neonatal. 

“A clamídia, a gonorreia e a sífilis são importantes problemas de saúde pública em todo o mundo: diminuem a qualidade de vida de milhões de pessoas e provocam graves patologias, podendo levar à morte. Nas novas diretrizes terapêuticas da OMS, reitera-se a necessidade de tratar as infecções com antibióticos adequados, em doses corretas e no momento oportuno, com o objetivo de reduzir sua propagação e melhorar a saúde sexual e reprodutiva. Os serviços nacionais de saúde têm que determinar as pautas de resistência aos antibióticos por essas infecções em seus países”, afirmou Ian Askew, Diretor de Saúde Reprodutiva da OMS.

As novas recomendações se baseiam nas últimas evidências científicas disponíveis sobre os tratamentos mais eficazes para essas três infecções sexualmente transmissíveis. 

Gonorreia
A gonorreia é uma IST comum, que pode afetar os genitais, o reto e a garganta. A resistência aos antimicrobianos tem emergido e se expandido após a circulação de novas classes de antibióticos contra a doença. Por causa dessa resistência generalizada, os antibióticos mais antigos e mais baratos estão perdendo sua eficácia terapêutica contra a infecção. 

A OMS insta os países a atualizarem suas diretrizes terapêuticas nacionais sobre a gonorreia para enfrentar o grave problema da resistência aos antibióticos. As autoridades sanitárias nacionais devem monitorar a prevalência de resistência a esses medicamentos de diferentes estirpes N. gonorrhoeae que circulam na população. Com as novas diretrizes, faz-se um chamado às autoridades sanitárias para que se aconselhem os médicos a prescreverem o antibiótico mais eficaz, em conformidade com as diretrizes da resistência local. Não se recomendam as quinolonas (uma classe de antibiótico) para tratar a gonorreia devido à frequência elevada da resistência.

Sífilis 
A sífilis é transmitida por meio de contato com lesões nos genitais, ânus, reto, lábios ou boca, além de mãe para filho durante a gestação. Em 2012, a transmissão materno-infantil da sífilis provocou aproximadamente 143 mil mortes fetais precoces ou nascimento de bebês mortos; 62 mil mortes neonatais; e 44 mil nascimentos prematuros ou nascimento de crianças abaixo do peso.

Para a cura da sífilis, as novas diretrizes da OMS recomendam fortemente uma única dose de penicilina benzatina, um antibiótico injetado por um médico ou enfermeiro no músculo das nádegas ou na coxa do paciente infectado. Esse é o tratamento mais eficaz para a sífilis, sendo também mais barato que os antibióticos orais. 

Em maio de 2016, a 69ª Assembleia Mundial da Saúde reconheceu que a penicilina benzatina é um medicamento essencial, que está em escassez há alguns anos. A OMS recebeu notificações de desabastecimento por parte de representantes e prestadores de atenção pré-natal de países com uma elevada carga de sífilis de três regiões da Organização. A OMS colabora com seus parceiros para determinar em quais países existe essa escassez do medicamento e ajuda a monitorar a disponibilidade global da penicilina benzatina, a fim de preencher a lacuna entre as necessidades nacionais e o fornecimento do antibiótico. 

Clamídia
A clamídia é uma das infecções sexualmente transmissíveis bacterianas mais frequentes; muitas vezes, as pessoas infectadas pela doença também possuem gonorreia. Os sintomas incluem sangramento e sensação de queimação ao urinar; a maioria dos infectados não costumam apresentar sintomas. Mesmo em sua forma assintomática, a clamídia pode causar danos ao sistema reprodutivo. 

A OMS pede aos países que iniciem imediatamente a implementação das orientações atualizadas, tal como recomendado na “Estratégia Mundial do Setor da Saúde contra as ISTs 2016-2021”, aprovada pelos governos na Assembleia Mundial da Saúde realizada neste ano. As novas diretrizes também estão em consonância com o Plano de Ação Mundial Sobre a Resistência aos Antimicrobianos, adotado pelos governos na Assembleia de 2015. 

Quando utilizados de maneira correta e sistemática, os preservativos são um dos métodos mais eficazes de proteção contra as infecções sexualmente transmissíveis.

Fonte: paho.org


Divulgado edital para concurso público da Anvisa

O edital do concurso público da Anvisa já está disponível no Diário Oficial da União (DOU). São 78 vagas de nível médio para técnico administrativo destinadas à sede da Agência em Brasília. 

A prova deverá ser aplicada apenas em Brasília, considerando a razoabilidade e redução de custos e tendo em vista a destinação das vagas apenas para a sede.  

Para mais informações ou dúvidas, o candidato deve consultar a Central de Atendimento do Cebraspe, localizada na Universidade de Brasília, pelo telefone (61) 3448 0100 ou pelo e-mail sac@cebraspe.org.br 




Mais de 19 mil nutricionistas atuam na promoção da alimentação saudável no SUS


Dia 31 de agosto é o Dia do Nutricionista e, para celebrar a data, o Ministério da Saúde fez um levantamento da atuação desse profissional no Sistema Único de Saúde. Ao todo, cerca de 19 mil profissionais dessa categoria estão atualmente na rede pública de saúde, segundo dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Esse número praticamente dobrou em seis anos. Para se ter uma ideia, no ano de 2010, eram 10 mil nutricionistas atuando no SUS. “Esse aumento potencializa as ações de alimentação e nutrição e o enfrentamento do atual cenário epidemiológico da população brasileira”, explica a coordenadora geral de Alimentação e Nutrição (CGAN) do Ministério da Saúde, Michele Lessa.

Os nutricionistas atuam desde a atenção básica até a atenção especializada hospitalar, realizando atenção nutricional, que inclui a promoção da saúde e da alimentação adequada e saudável, a vigilância alimentar e nutricional e ações de prevenção e tratamento de doenças.
Dentro dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família cerca de 90% dessas unidades têm ao menos um profissional de nutrição. Em 2011, eram 1.283 nutricionistas atuando em 1.564 NASF. Em 2016, esse número aumentou para 3.824 nutricionistas atuando em 4.326 NASF.
Entre os principais desafios relacionados à alimentação e nutrição no SUS estão as doenças crônicas, como a obesidade, que acomete 18,9% dos adultos brasileiros (dados do Vigitel 2015), o diabetes que acomete 7,4% e a hipertensão que atinge 24,9%. Em 2006, a obesidade acometia 11,8% da população brasileira.
Os nutricionistas são protagonistas no enfrentamento dessas doenças e têm importante papel junto a outros profissionais do SUS no incentivo à amamentação e à alimentação saudável de crianças menores de dois anos, à divulgação das recomendações do Guia Alimentar da População Brasileira, à inserção do tema da alimentação saudável no Programa Saúde na Escola.
Além disso, nos hospitais, o profissional nutricionista ainda é responsável pelo acompanhamento nutricional humanizado e prescrição de dieta dos usuários do serviço, contribuindo para a melhoria do estado nutricional dos pacientes e de saúde.

Por Carolina Valadares, para o Blog da Saúde


Institutos do MCTIC vão receber R$ 190 milhões para modernizar laboratórios

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) destinará mais de R$ 190 milhões para 21 unidades de pesquisa vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) investirem em equipamentos, na modernização dos laboratórios multiusuários e na contratação de pessoal qualificado. Os projetos foram selecionados por meio de um edital que teve o resultado final divulgado nesta terça-feira (23).

Os recursos, não reembolsáveis, são do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e devem ser liberados no prazo de cinco anos. Entre as unidades de pesquisa está o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que vai receber o maior montante: R$ 16,5 milhões. Os recursos serão aplicados nos laboratórios multiusuários e na criação do laboratório de nanotecnologia.

Já o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), contemplado com R$ 7,5 milhões, investirá no desenvolvimento e na manutenção dos sistemas computacionais (softwares científicos) de apoio às pesquisas, além de atender aos projetos que utilizam o parque computacional do Centro de Processamento de Alto Desempenho no Rio de Janeiro (Cenapad- RJ) e o supercomputador Santos Dumont.

Segundo o diretor do LNCC, Augusto Gadelha, esses serviços são desenvolvidos por pessoal especializado, que será contratado com os recursos repassados pela Finep. A equipe vai atuar na melhoria, aplicação e disseminação de novos métodos, tecnologias e softwares na área de modelagem e simulação computacionais.

Também contemplado no edital da Finep, o Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear (CDTN), vinculado à Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), receberá R$ 15,7 milhões. Os recursos serão aplicados na modernização de vários laboratórios multiusuários voltados para pesquisa nas áreas de saúde, meio ambiente, nanotecnologia, radiações e proteção radiológica. Além disso, 12 pesquisadores serão contratados. "O projeto vem em boa hora. Uma ótima notícia nesse cenário de restrições orçamentárias", avalia o diretor do CDTN, Waldemar Macedo.

Ele reforça que, para alguns laboratórios, os recursos são vitais. "O Laboratório de Radiação Gama tem uma fonte de cobalto-60 que precisa ser renovada a cada cinco anos e custa R$ 3,5 milhões. Não tínhamos a menor possibilidade de fazer isso. Esse projeto vai dar uma sobrevida a esse laboratório, que vai ter sua capacidade produtiva restaurada", disse. O laboratório é utilizado em várias aplicações, como no tratamento de sangue e hemoderivados.

Pesquisas físicas

A Finep vai repassar R$ 12,8 milhões para o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) modernizar as técnicas de produção e caracterização de superfícies de monocristais e de materiais avançados, cristalografia, magnetometria, ressonância magnética nuclear, ressonância paramagnética eletrônica, altas energias e detectores de partículas.

Segundo o diretor do CBPF, Ronald Shellard, a aprovação do projeto apresentado à Finep é essencial para que a instituição não só mantenha, mas também expanda sua atuação com foco nas atividades multiusuárias, em particular no desenvolvimento de instrumentação científica, cuja fragilidade no país é ainda um dos ‘calcanhares de Aquiles' da ciência brasileira.

Clique aqui para acessar o resultado do edital. 

(Agência Gestão CT&I, com informações do MCTIC)

JARBAS BARBOSA, Presidente da ANVISA, visitará hoje o BUTANTAN

Depois de participar, hoje a partir das 7h30 do Congresso Abrafarma – Future Trends, na Expo Transamérica - São Paulo/SP o Diretor de Gestão Institucional (Diretor-presidente) da ANVISA, visitará às 14:30 o Instituto Butantan, Av. Vital Brasil - São Paulo-SP.

Brasil tem mais 206 milhões de habitantes, segundo dados do IBGE

FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA RESOLUÇÃO No - 4, DE 29 DE AGOSTO DE 2016
O PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DA FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE), no uso de suas atribuições, e em cumprimento ao que determina o Art. 102 da Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992 e a Lei Complementar nº 143 de 17 de julho de 2013,
resolve:

Art. 1º Divulgar as estimativas da População para Estados e Municípios, com data de referência em 1º de julho de 2015, constantes da relação anexa, para os fins previstos no inciso VI do Art. 1º da Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

FERNANDO JOSÉ DE ARAÚJO ABRANTES

ANEXO

POPULAÇÃO RESIDENTE SEGUNDO AS UNIDADES DA FEDERAÇÃO ORDEM UNIDADES DA FEDERAÇÃO POPULAÇÃO
0 Brasil                                 206.081.432
1 Rondônia                                        1.787.279
2 Acre                                                  816.687
3 Amazonas                                       4.001.667
4 Roraima                                           514.229
5 Pará                                                  8.272.724
6 Amapá                                             782.295
7 To c a n t i n s                                1.532.902
8 Maranhão                                       6.954.036
9 Piauí                                                  3.212.180
10 Ceará                                             8.963.663
11 Rio Grande do Norte                3.474.998
12 Paraíba                                          3.999.415
13 Pernambuco                               9.410.336
14 Alagoas                                         3.358.963
15 S e rg i p e                                    2.265.779
16 Bahia                                              15.276.566
17 Minas Gerais                               20.997.560
18 Espírito Santo                             3.973.697
19 Rio de Janeiro                             16.635.996
20 São Paulo                                     44.749.699
21 Paraná                                           11.242.720
22 Santa Catarina                            6.910.553
23 Rio Grande do Sul                     11.286.500
24 Mato Grosso do Sul                  2.682.386
25 Mato Grosso                               3.305.531
26 Goiás                                              6.695.855
27 Distrito Federal                          2.977.216


terça-feira, 30 de agosto de 2016

Debate sobre doença de Chagas reúne profissionais e pacientes na Fiocruz

“Apesar de negligenciada e com um apoio muito incipiente do governo, os avanços que conseguimos nos últimos 30 anos no tratamento da doença de Chagas, aqui no INI, construindo um processo de atenção integral para todos os nossos pacientes, tornou a nossa instituição uma referência nacional”, destacou o diretor do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Alejandro Hasslocher, na abertura da Roda de Conversa sobre a Doença de Chagas, realizada em 25/8.
A atividade foi uma iniciativa inédita e reuniu profissionais e pacientes do Laboratório de Pesquisa Clínica em Doença de Chagas para esclarecer questões clínicas sobre essa infecção e explicar o tratamento que é oferecido na instituição. Coordenadas pela cardiologista Andréa Silvestre de Sousa, as exposições tiveram como foco os usuários, com o objetivo de criar um ambiente no qual as dúvidas acerca da doença pudessem ser esclarecidas da forma mais didática possível. Este foi o primeiro de uma série de encontros que a equipe do Laboratório pretende promover ao longo dos próximos meses, aproximando ainda mais os usuários do Sistema de Saúde com a equipe médica responsável por todo o tratamento.
Alejandro Hasslocher, especialista no tratamento etiológico da doença de Chagas, lembrou de um estudo realizado em 1992, no qual foi demonstrado que pacientes de Chagas em tratamento no INI viviam, em média, 15 anos a mais que aqueles tratados no resto do país, ressaltando a eficiência dos tratamentos pioneiros oferecidos no Instituto. “Buscamos sempre o melhor para a vida dos nossos pacientes. Entendemos que esta é uma doença crônica muito estigmatizada e, por isso, não medimos esforços para que os nossos pacientes tenham o melhor acolhimento aqui”, afirmou.
Afinal, o que é a doença de Chagas?
A doença de Chagas recebe esse nome em homenagem a seu descobridor, o pesquisador brasileiro Carlos Chagas, que encontrou durante expedição à pequena Cidade de Lassance (interior do Estado de Minas Gerais), em 1909, não apenas o vetor (inseto conhecido popularmente como “barbeiro” - gênero Triatoma), mas também o agente etiológico da doença (o protozoário Trypanosoma cruzi) e descreveu sua patologia. Chagas trouxe uma série de pacientes para serem tratados no Hospital de Manguinhos (atual INI/Fiocruz), criado no início do século, no campus da Fiocruz.
Coube à pesquisadora Andréa Silvestre fazer uma apresentação mais teórica sobre a doença e seu ciclo de transmissão. Em geral, os pacientes são contaminados quando são picados pelo inseto, que se alimenta de sangue e deposita suas fezes sobre a pele. A picada provoca coceira, o que facilita a entrada do Trypanossoma no organismo, mas a infecção pode ocorrer também através da mucosa dos olhos, do nariz e da boca ou por feridas e cortes recentes na pele. Outros mecanismos de transmissão são as transfusões com sangue de doadores portadores da doença, a transmissão vertical via placenta (mãe para filho), a ingestão de alimentos contaminados ou consumo de alguns sucos (como goiaba ou caldo de cana, ou mesmo o açaí) produzidos de forma artesanal e provenientes de regiões endêmicas, ou acidentalmente em laboratórios.
Existem mais de 100 espécies diferentes de barbeiro espalhados pelas Américas, sendo possível encontrar oito tipos no Rio de Janeiro. Na década de 80, a doença chegou a alarmantes 30 milhões de casos nas Américas. Atualmente, no Brasil, são cerca de 1.5 milhão de casos registrados. “O diagnóstico é feito a partir de exame de sangue com sorologia específica para Chagas. Todos os postos de saúde do Rio podem solicitar o exame e as análises são realizadas no INI/Fiocruz, centro de referência para a doença no Estado”, explicou Andréa. Ainda não existe uma vacina contra a doença e sua incidência está diretamente relacionada com as condições habitacionais e os cuidados na conservação das casas e seu entorno. No momento, a melhor forma de prevenção é o combate ao inseto transmissor.
A doença de Chagas é conhecida por dois estágios: agudo e crônico. A fase aguda pode apresentar sintomas moderados, como febre, coceira e vermelhidão na pele e ainda dor de cabeça, por exemplo, que podem desaparecer sozinhos. Se eles persistirem e não forem tratados, a doença pode evoluir para sua fase crônica, mas somente após a fase de remissão. Podem-se passar de anos a décadas até que outros sintomas apareçam, e possam evoluir para sérios problemas digestivos e/ou cardíacos. “É importante deixar claro que aqueles que desenvolverem algum problema por conta da doença não vão morrer de Chagas. A desmistificação da doença é fundamental. Existem duas fontes de tratamento da infecção. A primeira, ainda no começo (fase aguda) é feita através da medicação benzonidazol. A segunda é o tratamento dos problemas causados pela infecção, seja no coração, esôfago ou intestino. O paciente que faz o tratamento recomendado corretamente, com alimentação saudável, atividades físicas, fortalecimento do sistema imunológico e uso adequado das medicações prescritas para seu problema, terá uma vida normal”, enfatizou Andréa.
Diagnóstico e tratamento
O Hospital Evandro Chagas é a referência estadual no atendimento aos casos de Chagas no Rio de Janeiro. Funcionando das 8h às 17h, todo paciente para ele encaminhado realizará exames no mesmo dia – coleta de sangue e eletrocardiograma, após passar pelo pronto atendimento médico. O retorno do paciente é marcado para 30 dias após esse primeiro contato, para obter o diagnóstico final. O pesquisador Luiz Henrique Sangenis informou que, em 90% dos casos de infecção, as pessoas não sabem que estão com a doença. “Nós não conseguimos identificar quem pegou ou não pegou porque, na maioria das vezes, só 10% vai manifestar algum tipo de sintoma. Somente depois de 20 ou 30 anos, com a pessoa já adulta, é que as manifestações clínicas da doença vão aparecer. E essa é a fase crônica, que pode ter três formas: indeterminada, cardíaca ou digestiva, podendo haver ainda a mista cardíaca/digestiva”, ressaltou.
A fase indeterminada ocorre nas pessoas com mais resistência aos protozoários que estão adormecidos no corpo e não são tão agressivos. Em 60% dos casos não há nenhum tipo de sintoma para o paciente, que leva uma vida normal, 30% desenvolve alguma doença no coração e em 10% ocorrem problemas digestivos.
Características das formas cardíaca e digestiva
O cardiologista Roberto Saraiva apresentou um estudo realizado com os pacientes portadores da doença de Chagas do INI/Fiocruz entre 2013 e 2016. Ao todo foram avaliadas 619 pessoas, sendo 180 (29%) diagnosticadas com a forma indeterminada, 343 (55%) na fase cardíaca, 34 (6%) digestiva e 62 (10%) a forma mista cardíaco-digestiva. A forma mais significativa em termos de limitação para os doentes é a cardíaca, podendo apresentar alterações eletrocardiográficas, como uma síndrome de insuficiência cardíaca ou arritmias. Seus sinais e sintomas são palpitação, falta de ar, edema, dor no peito, tosse, tonturas, desmaios, acidentes embólicos, arritmias e sopro cardíaco. Exames como o raio-x de tórax, eletrocardiograma ou holter são fundamentais para revelar possíveis problemas no coração.
O cirurgião Fernando de Barros informou que os problemas mais recorrentes na forma digestiva são o megaesôfago (que acomete de 3 a 13% dos pacientes) e o megacólon (3,1 a 10%). São sinais e sintomas do megaesôfago: disfagia (dificuldade para engolir), regurgitação, dor de estômago ou dor no peito, dor para engolir, soluço, excesso de salivação e emagrecimento. O megacólon se caracteriza por constipação intestinal (instalação lenta e insidiosa) e distensão abdominal. Os exames radiológicos são importantes no diagnóstico da forma digestiva da doença.
Tratamento
Existe apenas um único medicamento para tratar a doença de Chagas, conhecido como Benzonidazol. O remédio, lançado em 1972, é distribuído gratuitamente pelo Governo Federal e ministrado na fase aguda da doença - que dura em média dois meses – e tem um índice de cura de 70%. “No INI, aproximadamente 300 pacientes que passaram pelo nosso serviço fizeram uso do medicamento e 20% deles continuaram positivos para a doença”, informou Sangenis. O médico explicou ainda que existem uma série de contraindicações para que o paciente não receba o medicamento, uma vez que não há evidências científicas de que o mesmo traz benefícios na fase crônica, que pode durar o resto da vida da pessoa infectada, tais como: ter mais de 50 anos, possuir alguma cardiopatia e não estar mais na fase aguda.
“Nossa experiência revela que quem chegar aos 50 anos na fase indeterminada não vai ter mais uma progressão da doença, pois ela já está com o Trypanosoma cruzi há mais de 35/40 anos e o medicamento não fará efeito algum”, destacou. Outro ponto apresentado pelo médico é o alto índice de efeitos colaterais da droga, podendo chegar a 40% nos casos ministrados e ocasionando problemas como reações dermatológicas, neurite periférica, dores de cabeça, barriga ou anemia e até mesmo hepatite ou nefrite.
“Os melhores resultados com o uso do Benzonidazol são obtidos em adultos e crianças na fase aguda, (cura na maioria dos casos), crianças que tiveram transmissão congênita (mãe grávida), mulheres em idade fértil (para reduzir as chances de transmissão congênita), crianças e adolescentes maiores de 12 anos, pacientes na forma crônica indeterminada com idade inferior a 50 anos e pacientes imunossuprimidos (com Aids ou câncer, por exemplo)”, concluiu Luiz Sangenis.
Acolhimento e educação em saúde
Nem só em dados clínicos e científicos a Roda de Conversa sobre a Doença de Chagas foi concentrada. O acolhimento oferecido no INI/Fiocruz esteve presente com o comparecimento em peso dos pacientes do Laboratório de Pesquisa Clínica em Doença de Chagas. Maria Fonseca, paciente que está há 19 anos em tratamento no Instituto, considera os profissionais que a atendem uma extensão da família. “Aprendi a conviver com essa doença aqui no INI. Fui convidada pela equipe para compreender melhor esse problema. Eu faço exames e exercícios de reabilitação regularmente, tenho minhas consultas mensais e só tenho que pedir a Deus que protejam todos os doutores e enfermeiras daqui”, disse.
A Auxiliar de Serviços Gerais que atua junto à equipe de cardiologia há quatro anos, Maria Aparecida, revelou que, por pior que seja a doença, ela vê alegria no rosto dos pacientes quando estes encontram com a equipe para realizar os exames e exercícios. “O atendimento aqui é muito bom e eu recomendo sempre quando ouço alguém falar que pode ter algum dos sintomas da doença. Fui convidada a assistir a atividade e foi um excelente aprendizado para mim, porque assim posso transmitir para outras pessoas o que escutei e ajudar outros que não tiveram tal oportunidade”, afirmou.
Um dos momentos mais emocionantes do evento foi a participação de dois pacientes que passaram por transplante de coração em decorrência da doença. José Osmar, operado há quatro anos, teve a oportunidade de carregar a tocha olímpica graças a seu novo estilo de vida, uma vez que deixou o cansaço e a falta de ar de lado e agora participa de corridas de rua e trilhas pelo Rio de Janeiro. “Essa equipe multidisciplinar é a melhor possível. Comecei meu tratamento aqui, fiz a cirurgia, continuo paciente e é graças a eles que levo uma vida normal hoje”, destacou. Já João Guedes, transplantado há três anos, fez questão de agradecer a cada integrante da equipe por todos os momentos em que estiveram cuidando de sua saúde desde que iniciou tratamento no INI/Fiocruz.
Encerrando a atividade, o chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em Doença de Chagas, Mauro Mediano, informou que esse foi o primeiro de muitos encontros que estão sendo organizados por sua equipe. “Estamos felizes com essa oportunidade e dando início a todo um processo de trabalho de educação em saúde. Em breve vamos marcar novos encontros, pois este será um processo contínuo. Além desses momentos formais, fiquem à vontade para procurar nossa equipe diariamente e tirar quaisquer dúvidas que vocês tenham. Nossas portas estão sempre abertas”, concluiu.

Ministério da Saúde e Inca usam esporte como arma contra tabagismo

Motivado pelos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) adotou o esporte como temática de conscientização para o Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado nesta segunda-feira (29).

Com o slogan #MostreAtitude: sem o cigarro sua vida ganha mais saúde, a campanha quer atingir principalmente a faixa etária entre 13 e 35 anos. O Inca promove evento de lançamento da campanha na Casa Brasil, no Rio de Janeiro, seguido de debate com a presença de profissionais de saúde e atletas, a partir das 14h30.

A ideia é que o tema estimule a prática de esportes e, assim, influencie na prevenção e na cessação do tabagismo, já que o hábito de fumar atrapalha a execução de atividades físicas.

Ao consumir produtos que contêm tabaco, os praticantes de esportes diminuem a performance, principalmente em relação à respiração. Segundo o INCA, enquanto pratica esporte, quem fuma se cansa com mais facilidade; sofre com falta de ar; reduz a resistência e o poder de reação é mais lento.

O cigarro tem cerca de 4.720 substâncias, e três em especial comprometem o desempenho físico. A nicotina diminui o tamanho das artérias, responsáveis por levar o sangue até o músculo, gerando um desempenho muscular bem menor, além de aumentar os batimentos cardíacos. O alcatrão reduz a elasticidade do pulmão. Já o monóxido de carbono compete com o oxigênio. Assim, os fumantes ficam cansados com mais facilidade, sofrem com falta de ar, têm resistência reduzida e o poder de reação é mais lento, o que dificulta e até impede a pática esportiva.

Os benefícios de parar de fumar são percebidos rapidamente. De acordo com o Inca, após duas horas sem cigarro, a nicotina deixa de ser detectada na corrente sanguínea, após oito horas, o nível de oxigênio normaliza-se e, até 24 horas depois, os pulmões funcionam melhor. Dois dias depois da última tragada, já é possível perceber melhor cheiros e sabores e, após um ano, o risco de infarto do miocárdio cai pela metade.

Redução do tabagismo
Junto com as leis de proibição do tabaco e o controle da publicidade, as campanhas que marcam o Dia Nacional de Combate ao Fumo têm ajudado a reduzir o número de fumantes no Brasil. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, feita pelo IBGE e pelo Ministério da Educação, por exemplo, constatou que houve queda na experimentação de cigarro pelos alunos do 9º ano, de 19,6% em 2012, para 18,4% em 2015.

Já segundo dados do levantamento "Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico", do Ministério da Saúde, houve redução de 33,8% no número de fumantes adultos nos últimos 10 anos, sendo que 10,4% da população das capitais brasileiras mantêm o hábito de fumar. Em 2006, o percentual era de 15,7% para o conjunto das capitais.

Os homens permanecem como os que mais fazem uso do tabaco (12,8%), e as mulheres fumantes representam 8,3% do total da população feminina das capitais. Há 10 anos, esse número era de 20,3% entre os homens e de 12,8% entre as mulheres.

O Ministério da Saúde alerta que, apesar da redução do número de fumantes, as doenças causadas pelo tabagismo acarretam aproximadamente 200 mil mortes por ano no Brasil. O tabaco é um fator importante no desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis como câncer e problemas pulmonares e cardiovasculares.

Tratamento

A rede pública de saúde oferece medicamentos como adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona para quem quiser parar de fumar.

“A gente trabalha em grupos ou de forma individual. O fumante é um dependente químico. Ele precisa ser ouvido e, se for o caso, é oferecido o apoio com medicamentos”, afirma Andréa Reis Cardoso, técnica da Divisão de Controle de Tabagismo do Inca. Ela ressalta, no entanto, que a maioria dos fumantes consegue abandonar o cigarro sem a necessidade de medicamentos.

Mais informações sobre o tratamento do tabagismo pelo SUS estão disponíveis pelo Disque Saúde. O número 136 funciona 24 horas com atendimento eletrônico, de segunda a sexta-feira, das 7h às 22h, e aos sábados e domingos, das 8h às 18h. A ligação é gratuita e pode ser feita de telefones fixos, públicos ou celulares, de qualquer local do País.

Fonte: Portal Brasil, com informações da Agência Brasil e do INCA


Reprocessamento de produto para saúde deve seguir regra

Produtos de saúde podem ser reutilizados, mas para isso, precisam seguir regras que garantem integridade do material. Procedimento é conhecido como reprocessamento.

Alguns produtos para a saúde podem ser utilizados mais de uma vez, serem reprocessados, em condições de segurança, prática que lhes confere maior vida útil e uso enquanto apresentarem eficácia e funcionalidade.

Há normas que regulamentam essa utilização contínua. Produtos para saúde passíveis de processamento são aqueles que permitem repetidos processos de limpeza, desinfecção ou esterilização, podendo, portanto, serem reutilizados - desde que obedeçam à normatização vigente.

Esse reprocessamento não deve ser repetido indefinidamente: há um momento em que a qualidade do produto – no que diz respeito à sua eficácia e funcionalidade – já não corresponde à necessária para seu uso.

A normatização também estabelece os critérios para a proibição do processamento de um produto para saúde, o que depende basicamente de duas condições:
  • A primeira é se o material consta da lista publicada pela RE/Anvisa 2605/2006, que estabelece a lista de produtos médicos enquadrados como de uso único, cujo reprocessamento é proibido.
  • A segunda condição é quando a rotulagem do produto apresentar os dizeres “Proibido Reprocessar”, conforme estabelece a RDC/Anvisa nº 156/2006, que dispõe sobre o registro, rotulagem e reprocessamento de produtos médicos.
Quando as duas condições acima referidas não são evidenciadas, o produto será considerado passível de processamento. Neste caso, não há proibição quanto ao seu reprocessamento, desde que os serviços que se propõem a realizar essa atividade sigam o que preconiza a RE/Anvisa 2606/2006, sobre a elaboração, validação e implantação de protocolos de reprocessamento de produtos médicos, e a RDC/Anvisa nº 15/2012, que dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde.
Os dizeres “Uso Único”, “O fabricante recomenda o uso único” ou símbolos internacionais e dizeres em outras línguas não significam o enquadramento automático do produto como não passível de processamento. A normatização brasileira deve ser aplicada de acordo com o tipo de produto, fabricante, modelo, material e vários outros critérios.

Legislação sobre reprocessamento de produtos:



Comissão especial discute limite de gastos para áreas da saúde e da educação

A comissão especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição do Teto de Gastos (PEC 241/16) realiza nova audiência pública nesta segunda-feira (29).

Desta vez, foram convidados para discutir a proposta: o subsecretário de Planejamento e Orçamento do Ministério da Saúde, Arionaldo Bonfim Rosendo; o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Mauro Guimarães Junqueira; o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Alessio Costa Lima; e o diretor do Centro de Cidadania Fiscal, Bernard Appy.

Reajuste pela inflação

A PEC 241/16 limita as despesas primárias da União aos gastos do ano anterior corrigidos pela inflação oficial (IPCA). De acordo com a proposta, em 2017 o limite de gastos será a despesa primária federal de 2016, incluindo os restos a pagar, reajustada pelo IPCA de 2016. A partir de 2018, será usado o teto do ano anterior acrescido da inflação.

A regra do reajuste pela inflação, sem crescimento real das despesas, vigorará por 20 anos.
O governo afirma que o objetivo da medida, chamada de Novo Regime Fiscal, é conter o crescimento das despesas federais.

Educação e saúde
No ponto mais polêmico, a proposta do governo Temer altera os critérios para cálculo das despesas mínimas com saúde e educação a cargo da União. Hoje, ambas estão atreladas a percentuais da receita. A PEC substitui essas vinculações e determina que o gasto mínimo seja calculado pela despesa do ano anterior reajustada pelo IPCA, sem aumento real para as duas áreas.

Para o deputado Odorico Monteiro (Pros-CE), um dos parlamentares que propôs o debate, a PEC prejudica a efetividade de direitos considerados fundamentais. "O estado tem um papel de produção de justiça social, à medida que essa PEC 241 congela por vinte anos recursos da educação, da saúde, da seguridade social e da segurança pública, só quem vai sofrer é a população mais sofrida do País."

O governo alega que, para o ajuste das contas públicas, é fundamental rever as vinculações de receita.

Em audiência pública na última quarta-feira (24) na comissão especial, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que, em momentos de crise, a vinculação de gastos de saúde e educação à inflação traz mais segurança às áreas do que a atual norma, vinculada à receita.

A audiência - proposta pelos deputados Odorico Monteiro, Erika Kokay (PT-DF), Patrus Ananias (PT-MG) e Darcísio Perondi (PMDB-RS) - será realizada no plenário 13 a partir das 14h30.

Fonte: Câmara Senado




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